ruí
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sobre ped.ras)
em si
lêncio
segunda-feira, 30 de maio de 2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
Um poema é superfície marítima
Um poema é superfície marítima
Onde palavras flutuam feito espuma
Vagando sobre as ondas,
Branca perante o sol.
Mas não são ondas poesia
E também não está na espuma;
Encontra-se além, abaixo, ao fundo,
Onde nunca chegam
Os clarões solares da linguagem.
Onde palavras flutuam feito espuma
Vagando sobre as ondas,
Branca perante o sol.
Mas não são ondas poesia
E também não está na espuma;
Encontra-se além, abaixo, ao fundo,
Onde nunca chegam
Os clarões solares da linguagem.
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Essa caixinha de música
Essa caixinha de música,
O que faço com ela?
O que faço com essa
Caixinha de música?
A música não toca.
A bailarina se foi.
O que faço com ela?
O que resta sem ela?
O que faço com ela?
O que faço com essa
Caixinha de música?
A música não toca.
A bailarina se foi.
O que faço com ela?
O que resta sem ela?
segunda-feira, 2 de maio de 2016
beber o tempo em goles comedidos
beber o tempo em goles comedidos
assim como se bebe um vinho caro
já quase que vinagre pelo fato
somente pelo fato de ser vinho
muito caro pra ser jogado fora
até se embebedar até sentir
um pouco do prazer que o vício traz
sentir a perda azeda um pouco mais
serena a cada gole como vír
gula no fim da folha feito espora
assim como se bebe um vinho caro
já quase que vinagre pelo fato
somente pelo fato de ser vinho
muito caro pra ser jogado fora
até se embebedar até sentir
um pouco do prazer que o vício traz
sentir a perda azeda um pouco mais
serena a cada gole como vír
gula no fim da folha feito espora
no lombo do cavalo feito chuva
correndo na calçada como o vento
corre solto em corrente feito vinho
descendo na garganta como o tempo
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